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A História De Neymar e Bruna Marquezine

A história do relacionamento entre Neymar e Bruna Marquezine começa no ano de 2013; época em que o Santos é quem tinha o privilégio de emprestar-lhe a sua camisa 11, enquanto a seleção estava prestes a contar com o craque no importante torneio da Copa das Confederações.

Era carnaval no Rio de Janeiro, e ao que tudo indica a data era verdadeiramente propicia para o encontro, só que ele seria interrompido por uma separação ainda nesse ano, até os primeiros meses de 2014; e sempre tendo as redes sociais como a ferramenta de aproximação do casal que, definitivamente, não tinha no tempo de sobra um grande aliado.

Nessa primeira separação o atacante já vestia a camisa do Barcelona, o que certamente se tornaria um desafio para a manutenção do relacionamento, já que, como se sabe, as distrações são muitas. O que se confirmou com a volta em meados de 2014 com uma consequente separação em dezembro do mesmo ano, dessa vez com a atriz anunciando a decisão.

Foram longos e quase intermináveis 2 anos, até que, em 2016, fosse escrito um outro capítulo da história de Neymar e Bruna Marquezine, já com o atacante campeão olímpico de futebol pela seleção brasileira, e com muita, muita polêmica em seu currículo!

Em meados de 2017 ambos já estavam novamente separados, e ao que se sabe não havia nada de novo nisso, nem mesmo nessa nossa estranha curiosidade acerca da vida dos famosos; personagens que, ao menos em tese, deveriam ser vistos como simples seres humanos, com os nossos mesmos gostos, defeitos e qualidades, e com nada de sobrenatural como costumamos acreditar.

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Mas por que, então, somos tão atraídos por histórias como as de Neymar e Bruna Marquezine?

Dentre os milhares de teses que tentam explicar o porquê de as celebridades atraírem tanto a atenção das pessoas, existe uma do professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Stuart Fischoff, que afirma, categoricamente, que estão nos gens as causas que levam a esse tipo de fenômeno.

De acordo com o professor, o que ocorre é que há em nós uma tendência, digamos, ancestral de “seguir o líder”; como uma característica de um “animal social” (que é o que somos, na visão do estudioso) que procura referências, padrões que deverão ser seguidos, uma trilha que, de alguma forma, sinalize o caminho.

Que evite que tombemos perdidos em meio a essa rigorosa e exigente luta pela sobrevivência e pela preservação da espécie, que ao final tratam de garantir a não menos rigorosa e implacável “seleção natural” dos “melhores exemplares”.

É uma predisposição arraigada no nosso próprio DNA, que nos mostra a todo o momento que devemos buscar aqueles que “chegaram lá”, que já adquiriram as condições de adaptabilidade em meio à seleção que já nos envolve.

Predisposições genéticas nos fazem enxergar em artistas, cantores, esportistas, atrizes, atores, entre outras celebridades, aqueles que nos salvarão ou que poderão nos tirar do anonimato; enquanto os artistas (inconscientemente) tratam de estreitar esses laços por meio de compartilhamentos, likes, autógrafos e comentários que nos mantenham presos a eles por um laço invisível.

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Neymar e Bruna Marquezine: as histórias que seduzem os nossos condicionamentos genéticos


Bruna Marquezine e Neymar – Foto: Shutterstock

O artista a todo momento diz: “Ei, olha onde nós estamos; chegamos lá!” “Agora somos a sua referência, o modelo a ser seguido, o padrão, e por isso devemos ser cultuados!”

O psicólogo e professor do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento, o americano Eric Hollander, acredita que, diferentemente do que se imagina, essa relação de quase dependência entre fãs e ídolos – que gira em torno de histórias como a de Neymar e Bruna Marquezine – pode, sim, ser algo saudável e importante para o crescimento de um indivíduo.

Desde que não possa ser observado, no referido fã, nenhum ingrediente patológico em sua construção psicológica, essa relação pode resultar em bons frutos. Basta saber, por exemplo, que um ídolo que é ligado a questões ambientais, como os astros George Clooney e Richard Gere, por exemplo, podem servir como um estimulador para várias ações importantes para a sobrevivência do planeta.

O problema aqui, como vemos, é de grau; da intensidade dessa relação entre fã e ídolo; que pode começar como uma simples admiração e curiosidade pelo seu trabalho e desembocar numa obsessão que, muitas vezes, pode até mesmo terminar em crime.

É o que concluiu um trabalho publicado no Journal of Nervous and Mental Disease, que chegou à conclusão de que a relação fã/ídolo pode muitas vezes ocorrer como um processo; com vários níveis; em que, como dissemos, uma simples admiração transforma-se numa quase dependência física da presença do ídolo; passa a comprometer a vida pessoal e profissional de um indivíduo; e, ao final, pode levar a casos graves de mania, obsessão e psicose.

Uma relação doentia – Bruna e Neymar

Histórias como a de Neymar e Bruna Marquezine costumam seduzir, encantar e arrebanhar um verdadeiro exército de fãs determinados a contribuir para que a eterna história da “princesa” que acaba encontrando o seu “príncipe” tenha, como se espera, o final feliz que nem sempre se confirma na vida real.

É por isso mesmo que no universo cinematográfico e literário pululam histórias onde esse sonho acontece de fato, como um alento para o que, ao menos em tese, não poderá ocorrer no mundo concreto.

O problema é quando essa admiração atinge níveis patológicos. Quando o fã acredita que, verdadeiramente, é parte fundamental da vida do ídolo. Quando passa a projetar nele os seus desejos, sonhos, traumas, frustrações; ou mesmo quando acredita que ele, mesmo que disfarce bem, corresponde ao seu assédio.

É quando entramos em algo como uma sensação de completude, segundo o psicólogo James Houran. Quando aquela relação com o ídolo passa a preencher o vazio existencial do fã. Faz com que ele se perceba existindo; tendo um valor dentro da sociedade; mesmo que esse valor seja obtido apenas pela projeção no outro.

Agora o que antes era uma sensação agradável e até útil para o seu crescimento, passa a ser um fator de ansiedade, depressão, obsessão, neurose, entre outros transtornos que precisarão dos cuidados de um profissional.

Portanto, como conclusão do pensamento de Fischoff, mais importante do que analisar os transtornos resultantes dessa relação fã/ídolo, é analisar um transtorno que se não tivesse esse como alvo teria qualquer outro ser ou coisa.

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