Harry’s House: o novo álbum de Harry Styles
No último mês, o cantor Harry Styles explodiu nas paradas de sucesso com seu novo álbum “Harry’s House”. O disco do cantor britânico chegou ao topo da Billboard 200, a principal parada de álbuns dos Estados Unidos.
Pensando nisso, o Tudo Pop ouviu o álbum e veio aqui contar até os mínimos detalhes para você! Se interessou e quer entrar na casa do Harry com a gente? Então, vamos lá! Basta continuar lendo.
Vá direto ao tópico de seu interesse:
Músicas de Harry’s House
Em primeiro plano, o álbum foi lançado no dia 20 de maio de 2022, e logo estreou no primeiro lugar da Billboard 200. Sua estreia foi a maior do ano, com a venda de 515 mil unidades em uma semana e quebrando o recorde de vendas de vinil em sete dias, com aproximadamente 175 mil cópias físicas.
O terceiro álbum solo do cantor britânico dominou o Top 10 da Billboard Global 200. A música “As It Was” segue pela nona semana seguida em primeiro lugar da parada.
Nesse sentido, todas as outras músicas do álbum se encontram entre as altas posições da lista de 200 principais canções globais. Por falar em músicas, que tal conferir as letras do cantor?
“Music for a Sushi Restaurant”
A canção apresenta uma abertura explosiva e dançante. Dessa forma, seu refrão é composto por uma combinação de trompete e um coro animado.
Ela dá início a um pop nostálgico, remetendo a outras décadas, o que é um traço do disco como um todo e, também, um pouco de funk norte-americano.
A letra surpreende pela referência à música de um restaurante de comida japonesa, com um estouro de melodia. Há instrumentos orgânicos, synth-pop e o vocal entusiasmado em meio à mistura.
“É porque eu te amo, amor
De todos os jeitos possíveis
Só uma pequena prova
Você sabe que eu te amo, amor”.
“Late Night Talking”
A canção já havia sido apresentada a seu público na última edição do festival Coachella. Ela apresenta traços de romantismo e otimismo, o que acaba sendo uma transição adequada em relação à música anterior.
“Temos tido todas essas conversas tarde da noite
Sobre qualquer coisa que você queira até a manhã
Agora você é parte da minha vida
Não consigo te tirar da minha cabeça”.
“Grapejuice”
A faixa “Grapejuice” é sólida e caminha para um estilo indie pop própria dos anos 80. Ela acaba funcionando como conexão entre a faixa anterior e a posterior.
Seu início se dá com uma contagem, que se esvai em batidas eletrônicas e diferentes do que já havia sido constatado na obra do cantor. O que mostra um conforto e a possibilidade de abertura com seu público.
“Não há como passar por isso sem você
Uma garrafa do vermelho
Só eu e você
Mil novecentos e oitenta e dois
Só eu e você
Não há como passar pela
Tristeza do suco de uva”.
“As It Was”
O primeiro single lançado do álbum. fica ainda melhor em contexto com as outras músicas de Harry’s House. Harry abre seu coração, ao som de baterias eletrônicas e energéticas.
Nesse sentido, ele canta sobre sua vida de forma melancólica, com um ritmo divertido e clipe movimentado, que dão o equilíbrio necessário à obra. É o tipo de música que costumamos cantar felizes antes de entender a tradução profunda.
“Neste mundo, somos apenas nós
Você sabe que não é igual a como era antes
Neste mundo, somos apenas nós
Você sabe que não é igual a como era antes
Como era antes, como era antes
Você sabe que não é igual”.
“Daylight”
A canção traz à tona mais elementos de synth-pop, com uma interpretação que começa complexa e “pesada” e se desenrola com a história. É o tipo de ritmo para se ouvir ao observar a luz do sol entrando pelas janelas.
Ela dá a entender que vai permanecer no ritmo calmo, quando é abraçada por baterias contagiantes, que contrapõem os versos mais leves.
“Luz do dia
Você me faz amaldiçoar a luz do dia
Luz do dia
Você me faz ligar em todos os momentos
Não vou dormir até o amanhecer”.
“Little Freak”
A canção apresenta um lugar confortável, que fez com que vários fãs se identificassem. Logo, é um ponto forte do disco, já que mostra uma outra faceta do projeto.
Ao proferir um tipo de desabafo na letra em: “Eu te desrespeitei, me joguei com tudo e caí muito com muita força”, Harry contrapõe a música To Be So Lonely de seu último álbum, em que pontuava ser um “arrogante que não consegue admitir quando sente muito”. Por fim, apresenta uma desaceleração em relação às canções que a precedem.
“Eu estava pensando em quem você é
Seu ponto de vista delicado
Eu estava pensando em você
Eu não estou preocupado com onde você está
Ou pra quem você voltará
Eu estou só pensando em você”.
“Matilda”
Aproveitando o momento de desaceleração, “Matilda” inclui violão e piano para representar o fechamento do lado A do disco. Na faixa são depositados os traços de composição mais sensível e avassaladora.
A canção foi co-escrita por Amy Allen, a mesma parceira da faixa Adore You do álbum anterior, e por Tyler Johnson e Kid Harpoon. Em uma entrevista, Harry contou que a música foi escrita para uma pessoa próxima que, com certeza, sabe que é para ela. Sendo assim, soa como um conselho ou forma de apoio.
“Você pode deixar pra lá
Você pode dar uma festa cheia de todo mundo que você conhece
E não convidar a sua família, porque eles nunca te mostraram amor
Você não precisa se desculpar por ir embora e crescer”.
Nesse momento, inicia-se o Labo B do disco. Geralmente, a segunda parte de um álbum é aproveitada pelos artistas para experimentar novas formas do fazer artístico e entregar novos produtos. Aqui, Harry se mostra mais ousado e explora este outro lado de sua música.
Cinema
A abertura do lado B é suave e segura, repleta de soft indie e até mesmo elementos do jazz. Tem uma trajetória linear, apresentando elevação ao final com a repetição de versos. Vale lembrar que a guitarra da faixa é tocada por John Mayer.
“Eu só acho que você é legal
Eu curto o seu movimento
Você também me acha legal?
Ou eu estou muito a fim de você?”.
“Daydreaming”
Em “Daydreaming”, é possível notar uma escalada energética e, também, uma evolução em performance vocal, com falsetes e cantos melódicos. A música apresenta coro e arranjos impecáveis, além de ser bem ritmada e dar o gosto de “quero mais”. Por fim, ela apresenta uma atmosfera retrô e alegre.
“Vivendo em um devaneio
Vivendo em um devaneio
Vivendo em um devaneio
Me dê todo o seu amor, me dê algo para sonhar”.
“Keep Driving”
A canção “Keep Driving” é introduzida em perfeita transição com “Daydreaming”, iniciando de forma leve e inocente e seguida por um tema profundo. Aqui, o cantor apresenta diversos tópicos sérios e indaga “Deveríamos só continuar dirigindo?”, como se fossemos obrigados a ignorar todas essas questões e apenas seguir em frente.
“Uma pequena preocupação com o som do motor
Mantivemos a escuridão e retemos as nuvens
Eu perguntaria: Deveríamos só continuar dirigindo?
Deveríamos só continuar dirigindo?”
“Satellite”
Na música “Satellite”, Harry faz uso de arranjos, synth-pop e repetição de versos. Seu estilo passa por um pop rock da década de 80 e do soft indie, com sintetizadores e explosão de instrumentos e voz.
Assim como as outras faixas, parece um diálogo em que o ouvinte se sente um dos interlocutores. Dessa forma, ela consegue ser sensível e imponente ao mesmo tempo.
“Girando, esperando você
Me puxar para perto
Posso ver que você está solitário aí embaixo
Você não sabe que estou bem aqui?”
“Boyfriends”
O disco começa a se encerrar com outra canção que também foi apresentada ao público na última edição do Coachella. A composição foi feita durante as sessões finais da gravação do álbum “Fine Line” e quase fez parte dele.
Uma grande sacada do artista foi o início da canção, que se encontra de trás para frente e, quando tocado em modo reverso, apresenta a última frase da música: “Você está de volta a tudo isso novamente”. Isso porque, a canção trata de ciclos do relacionamento tóxico e desigual, fazendo menção de ser um looping sem fim.
“Namorados
Eles estão apenas fingindo?
Eles não dizem para onde está indo
E você sabe que os jogos nunca terminam
Você, você deita com ele enquanto sonha
Você se sente tola
Você está de volta a tudo isso novamente”.
“Love Of My Life”
O fim do álbum se dá de forma melancólica com a canção “Love Of My Life”. Ela passa pelo processo de introdução de uma história de amor e, de forma palpitante e crescente, a história vai acabando.
É um grande desfecho para o disco, pois segue a linha intimista e pessoal das outras canções. Bem como no último álbum, a canção desaparece aos poucos, em comunhão com o amor declarado na letra.
“Meu bem, você foi o amor da minha vida
Talvez você não saiba o que está perdido até encontrá-lo
Não é o que eu queria, te deixar para trás
Não sei onde você pousa quando voa
Mas amor, você foi o amor da minha vida”.
Detalhes do álbum
Mesmo que em seus dois primeiros álbuns solos Harry tenha demonstrado uma grande criação de identidade e individualidade, a impressão é que em “Harry’s House”, o artista encontrou sua marca. Isso porque, ele mostra extrema segurança e coragem de demonstrar ousadia.
O disco foi produzido por Tyler Johnson e Kid Harpoon, e soa extremamente honesto e original. Assim, mistura referências do rock, R&B, folk e pop, trazendo à tona memórias oitentistas e atuais, simultaneamente.
Em suma, pode-se dizer que Harry Styles mostrou ousadia e versatilidade, passeando por nichos musicais e furando sua bolha de público. E você, já conhecia o trabalho do artista? Vai ouvir as faixas do novo álbum? Mais dicas como essa você encontra por aqui!
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